The Cult - São Paulo, 2025

O melhor show da minha vida.

Chegamos cedo, ou pelo menos achávamos que sim. Antes das 16h, para um show marcado às 21h. Mas ao ver a quantidade de pessoas já no local, ficou claro que não éramos os únicos ansiosos. O espaço VibrA já estava cheio, e a energia era eletrizante. Dentro, um bar bem abastecido fazia a festa dos presentes. O clima era de celebração, todos bebiam, conversavam e se preparavam para algo que não seria apenas um show de rock — mas O SHOW.

O público era, em sua maioria, de 30 a 60 anos. Isso fazia sentido. Não era uma banda passageira, era um culto musical construído ao longo das décadas. Uma reunião de almas que cresceram ao som daquelas guitarras e letras carregadas de intensidade.

A primeira surpresa da noite veio com o Baroness. Eu conhecia pouco da banda, mas bastaram os primeiros acordes para me ganhar. Os caras eram pura energia, executando cada música com uma paixão visceral. O público, inicialmente contido, logo se entregou. Agora, posso dizer que virei fã.

O atraso foi inevitável. A expectativa aumentava, e uma certa inquietação tomava conta da plateia. Mas então, Ian Astbury, sempre fiel ao seu misticismo, entrou em cena de um jeito único: mandou defumar o ambiente com incensos. O cheiro tomou conta do espaço, e, de repente, tudo parecia certo. Como um ritual antes de um grande acontecimento, o momento se tornou ainda mais especial.

E quando finalmente começou… Valeu. Valeu cada segundo de espera.