A Relação do Sobrenome Murad com a Maçonaria: Origens, Imigração e Conexões Históricas
O sobrenome Murad possui raízes profundas na cultura árabe, derivando do verbo árabe "مَرَدَ"
A investigação sobre a relação entre o sobrenome Murad e a Maçonaria revela uma fascinante intersecção entre imigração árabe no Brasil, tradições maçônicas e personalidades contemporâneas. O sobrenome Murad, de origem árabe significando "desejado" ou "aquele que busca", encontrou no Brasil não apenas um novo lar, mas também conexões significativas com uma das mais antigas e influentes organizações fraternais do mundo. Entre os achados mais notáveis estão Dr. Ênio Martins Murad, maçom de grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, e Oswaldo Murad Filho, figura ativa na organização de eventos maçônicos em São Paulo, demonstrando como descendentes de imigrantes árabes se integraram às estruturas maçônicas brasileiras.[1][2][3][4][5][6][7]

Engraved portrait of Joachim Murat, Marshal of France and King of Naples, highlighting his military attire and decorations.
Origens e Significado do Sobrenome Murad
Etimologia e Dispersão Geográfica
O sobrenome Murad possui raízes profundas na cultura árabe, derivando do verbo árabe "مَرَدَ" (marada), que significa "desejar" ou "almejar". Esta denominação, comum entre populações muçulmanas, particularmente na Turquia, Síria e Líbano, carrega consigo conotações nobres de aspiração e determinação. O nome ganhou notoriedade histórica através de várias figuras otomanas, incluindo os sultões Murad I e Murad II, que governaram nos séculos XIV e XV.[1:1][3:1][8]
A dispersão geográfica do sobrenome Murad revela sua amplitude cultural, estendendo-se desde o Oriente Médio até o Norte da África, e posteriormente, através dos movimentos migratórios do século XIX, chegando às Américas. No Brasil, a família Murad estabeleceu-se como uma das linhagens sírio-libanesas mais influentes, com presença marcante em diversos estados como Maranhão, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Minas Gerais.[3:2][9][10]
Conexões com a Nobreza Otomana
A história da família Murad remonta ao poderoso Império Otomano (1299-1922), onde cinco sultões portaram este nome. Esta linhagem imperial demonstra a importância histórica do sobrenome, que posteriormente se espalharia através das rotas comerciais e migratórias do Mediterrâneo oriental. A transição do status de nobreza otomana para imigrantes em busca de oportunidades no Novo Mundo ilustra as transformações sociopolíticas do final do século XIX e início do XX.[10:1]

19th century port scene in Brazil showing ships and immigrants, relevant to Syrian-Lebanese immigration context.
A Imigração Árabe para o Brasil e a Família Murad
O Contexto Histórico da Imigração
A chegada dos primeiros imigrantes árabes ao Brasil data de aproximadamente 1860, intensificando-se significativamente entre 1884 e 1933, quando 130.000 sírios e libaneses entraram no país pelo Porto de Santos. Esta imigração foi impulsionada por fatores múltiplos: perseguições religiosas sob o domínio otomano, escassez de terras no Oriente Médio, e as oportunidades econômicas oferecidas pelo Brasil em expansão.[11][12]
O Imperador D. Pedro II desempenhou um papel crucial neste processo migratório. Após uma viagem diplomática ao Oriente Médio, o monarca mostrou-se fascinado pela cultura árabe e, através de sua influência, as primeiras levas de imigrantes foram atraídas para o Brasil. Esta política imperial de atração de imigrantes árabes criou as condições para que famílias como os Murad encontrassem no Brasil um ambiente favorável ao seu desenvolvimento socioeconômico.[11:1]
Padrões de Assentamento e Atividades Econômicas
Os imigrantes árabes, inicialmente chamados de "turcos" por serem cidadãos do Império Turco-Otomano, estabeleceram um padrão peculiar de assentamento. Diferentemente de outros grupos que aderiram ao colonato agrícola, os árabes optaram pelo comércio urbano, iniciando como mascates e gradualmente estabelecendo lojas e armarinhos nos centros urbanos.[11:2][13][14]
A trajetória típica envolvia a hospedagem inicial na casa de "patrícios" já estabelecidos, o que fortalecia as redes migratórias e criava laços comunitários duradouros. Registros específicos da família Murad mostram este padrão: em 1903, Raduan Murad desembarcou na Bahia junto com outros imigrantes, sendo inicialmente denominado "turco" conforme a terminologia brasileira da época.[13:1][14:1]

Emblem of the Grande Oriente do Brasil, a key Masonic organization in Brazil, featuring symbolic elements of Freemasonry.
Personalidades Maçônicas com o Sobrenome Murad
Dr. Ênio Martins Murad: Grande Inspetor Geral da Ordem
A figura mais proeminente na intersecção entre o sobrenome Murad e a Maçonaria brasileira é Dr. Ênio Martins Murad, maçom do grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito. Como Grande Inspetor Geral da Ordem, Dr. Ênio representa o mais alto grau da hierarquia maçônica filosófica, posição que poucos maçons alcançam devido às exigências de estudo, frequência e dedicação à fraternidade.[2:1][6:1]
O percurso profissional de Dr. Ênio Martins Murad demonstra a versatilidade característica dos descendentes árabes no Brasil. Formado em Direito pela cidade de Presidente Prudente, São Paulo, ele exerceu o serviço público por 20 anos, atuando como secretário-geral do Ministério Público de Contas e assessor da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul. Sua especialização em Direito Público e, posteriormente, na Lei Maria da Penha reflete o engajamento social típico dos princípios maçônicos de justiça e proteção dos vulneráveis.[15]
A atuação de Dr. Ênio no combate à corrupção em Mato Grosso do Sul, enfrentando ameaças do crime organizado, exemplifica os valores maçônicos de integridade e coragem moral. Sua disposição para aparecer publicamente em entrevistas sobre Maçonaria, desmistificando preconceitos e fake news, demonstra o compromisso educativo que caracteriza os maçons de altos graus.[6:2][2:2][15:1]
Oswaldo Murad Filho: Organizador e Líder Comunitário
Oswaldo Murad Filho representa outro exemplo significativo da presença Murad na Maçonaria brasileira. Ativo na região de Fernandópolis, São Paulo, ele tem coordenado por anos a organização ritualística e a equipe de cozinha em eventos maçônicos regionais. Sua dedicação foi reconhecida publicamente durante banquetes ritualísticos que reuniram aproximadamente 150 irmãos de três potências regulares brasileiras.[4:1][7:1]
A contribuição de Oswaldo Murad Filho para a continuidade das tradições maçônicas locais, particularmente na manutenção de eventos anuais realizados há 29 anos pelas Lojas do Oriente de Fernandópolis, ilustra o papel fundamental dos membros dedicados na preservação da cultura maçônica. Sua homenagem pública durante os trabalhos demonstra o reconhecimento da comunidade maçônica pela sua persistente colaboração.[7:2]

Golden Masonic square and compasses symbol with engraved details on a white background.
Conexões Históricas: Joachim Murat e a Maçonaria Napoleônica
O Marechal de Napoleão e Grão-Mestre de Nápoles
Uma conexão histórica fascinante emerge através de Joaquim Murat (1767-1815), marechal de França e cunhado de Napoleão Bonaparte. Embora não seja diretamente relacionado às famílias Murad brasileiras, Joaquim Murat desempenhou um papel crucial na história maçônica europeia como Grão-Mestre do Grande Oriente de Nápoles.[16][17][18][19]
Joaquim Murat, originário de Labastide-Fortunière, França, ascendeu de oficial de cavalaria a Rei de Nápoles (1808-1815) através de sua brilhante carreira militar e casamento com Carolina Bonaparte. Sua posição como Grão-Mestre em Nápoles estabeleceu precedentes importantes para a organização maçônica italiana, influenciando estruturas que posteriormente impactariam a Maçonaria internacional.[17:1]
A Influência da Carbonária e o Legado Murat
A conexão de Joaquim Murat com a Carbonária, uma organização secreta italiana derivada das guildas de trabalhadores em madeira, adiciona uma dimensão importante à compreensão das influências maçônicas. A Carbonária, que utilizava túnicas pretas (balandraus) e tinha rituais estruturados em torno do comércio de carvão, foi posteriormente incorporada às práticas maçônicas através de seu filho.[18:1]
Charles Lucien Murat, filho de Joaquim, tornou-se Grão-Mestre do Grande Oriente da França de 1852 a 1862, período durante o qual implementou várias tradições da Carbonária na Maçonaria francesa, incluindo o uso do balandrau. Essas inovações influenciaram diretamente a Maçonaria brasileira, que mantinha estreitos laços com a francesa e adotou muitas de suas práticas rituais.[18:2]

Illustration of Freemasonry symbols including the sun, stars, angels, columns, and ritual tools on a checkered floor.
A Maçonaria Brasileira e a Integração dos Imigrantes Árabes
Estrutura e Desenvolvimento Histórico
A Maçonaria brasileira tem suas origens no início do século XIX, com a fundação das primeiras Lojas regulares no Rio de Janeiro entre 1801 e 1822. O Grande Oriente do Brasil, estabelecido em 17 de junho de 1822, tornou-se a mais antiga e tradicional Obediência brasileira, desempenhando papel crucial na independência do país.[20]
A estrutura maçônica brasileira, organizada em graus simbólicos (1º a 3º) e graus filosóficos (4º a 33º), ofereceu aos imigrantes árabes uma plataforma para integração social e ascensão intelectual. O sistema de graus progressivos, baseado em estudo e dedicação, alinhava-se perfeitamente com os valores educacionais típicos das famílias árabes imigrantes.[2:3]
Valores Compartilhados: Fraternidade e Progresso
A convergência entre os valores maçônicos de fraternidade, igualdade e busca pela perfeição moral encontrou terreno fértil entre os imigrantes árabes. A tradição árabe de hospitalidade e solidariedade comunitária harmonizava-se naturalmente com os princípios maçônicos de auxílio mútuo e desenvolvimento pessoal.[21]
A presença de figuras como Dr. Ênio Martins Murad no grau 33, o mais elevado da hierarquia filosófica, demonstra como descendentes de imigrantes árabes não apenas se integraram à Maçonaria brasileira, mas alcançaram suas posições mais elevadas. Esta ascensão reflete tanto o mérito individual quanto a capacidade da Maçonaria brasileira de reconhecer e promover talentos independentemente da origem étnica.[2:4]

Grande Oriente do Brasil building celebrating 201 years of the Masonic organization's presence and history in Brazil.
Análise das Redes Sociais e Influência Contemporânea
Participação em Eventos e Cerimônias
A participação ativa de membros da família Murad em eventos maçônicos regionais ilustra a continuidade de sua integração na fraternidade. Os banquetes ritualísticos em Fernandópolis, onde Oswaldo Murad Filho é figura central, demonstram como a Maçonaria serve como espaço de coesão social e preservação cultural.[4:2][7:3]
Estes eventos, que reúnem múltiplas potências maçônicas (GOP, GLESP, GOB), exemplificam o papel unificador da fraternidade, superando divisões administrativas em favor da fraternidade universal. A homenagem prestada aos organizadores como Oswaldo Murad Filho evidencia o reconhecimento da contribuição contínua para a manutenção das tradições comunitárias.
Impacto na Opinião Pública e Desmistificação
A atuação pública de Dr. Ênio Martins Murad como porta-voz da Maçonaria em entrevistas e programas televisivos representa um esforço significativo de desmistificação e educação pública. Seu trabalho para combater fake news e preconceitos sobre a fraternidade alinha-se com a missão maçônica de promover a verdade e o conhecimento.[2:5][6:3]
Esta visibilidade pública contrasta com a tradicional discrição maçônica, refletindo uma adaptação às demandas contemporâneas de transparência e accountability. A disposição de um maçom de grau 33 para explicar publicamente os princípios e práticas da fraternidade demonstra evolução na postura institucional da Maçonaria brasileira.
Perspectivas Futuras e Continuidade Histórica
Preservação das Tradições e Adaptação Contemporânea
A presença contínua da família Murad na Maçonaria brasileira, spanning from early 20th century immigration to contemporary leadership roles, ilustra a durabilidade das conexões estabelecidas entre comunidades imigrantes e instituições nacionais. A capacidade de manter tradições enquanto se adapta aos contextos contemporâneos representa um modelo de integração bem-sucedida.
A trajetória dos Murad na Maçonaria brasileira reflete padrões mais amplos de como comunidades imigrantes utilizaram organizações fraternais para construir capital social e estabelecer redes de influência. Esta estratégia, comum entre diversos grupos étnicos, demonstrou particular sucesso entre os descendentes árabes no Brasil.
Legado e Contribuições para a Sociedade Brasileira
O engajamento dos membros da família Murad em causas sociais - seja através do combate à corrupção, defesa de direitos das mulheres, ou organização comunitária - exemplifica como os princípios maçônicos se traduzem em ação social concreta. Esta aplicação prática dos valores fraternais contribui para o desenvolvimento da sociedade brasileira.
A continuidade geracional da participação Murad na Maçonaria sugere que as redes estabelecidas pelos imigrantes originais permanecem ativas e relevantes. Esta perpetuação institucional contribui tanto para a preservação da memória histórica quanto para a inovação organizacional.
Conclusão
A relação entre o sobrenome Murad e a Maçonaria no Brasil representa um fascinante estudo de caso sobre integração cultural, ascensão social e preservação de tradições no contexto brasileiro. Desde as origens nobres no Império Otomano até as posições de liderança na Maçonaria contemporânea, a trajetória da família Murad ilustra como valores compartilhados podem transcender diferenças culturais e religiosas.[1:2][2:6][4:3][6:4][7:4][10:2][11:3]
A presença de figuras como Dr. Ênio Martins Murad no grau 33 e Oswaldo Murad Filho na organização comunitária demonstra que a integração bem-sucedida não implica abandono da identidade cultural, mas sim sua síntese criativa com novos contextos institucionais. A capacidade da Maçonaria brasileira de acomodar e promover líderes de origem árabe reflete os princípios universalistas que fundamentam a fraternidade.[2:7][4:4][6:5][7:5]
As conexões históricas com figuras como Joaquim Murat e seu legado na Maçonaria europeia adicionam uma dimensão internacional à narrativa, mostrando como tradições locais se conectam com correntes históricas mais amplas. Esta perspectiva global enriquece a compreensão tanto da história maçônica quanto dos padrões migratórios que moldaram o Brasil moderno.[16:1][17:2][18:3]
Finalmente, a trajetória dos Murad na Maçonaria brasileira serve como modelo inspirador de como imigrantes e seus descendentes podem não apenas se integrar, mas também enriquecer as instituições de seus países adotivos. A combinação de dedicação pessoal, valores éticos e compromisso comunitário exemplifica o melhor das tradições tanto árabes quanto maçônicas, contribuindo para a construção de uma sociedade brasileira mais justa e fraterna.
https://www.youtube.com/watch?v=-DdXGIXuk0c ↩︎ ↩︎ ↩︎ ↩︎ ↩︎ ↩︎ ↩︎ ↩︎
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https://www.monitordooriente.com/20220615-apos-30-dias-de-viagem-maritima-do-libano-ao-brasil-a-verdadeira-jornada-de-mohamad-mourad-comecou/ ↩︎
https://translate.google.com/translate?u=https%3A%2F%2Fen.wikipedia.org%2Fwiki%2FJoachim_Murat\&hl=pt\&sl=en\&tl=pt\&client=srp ↩︎
https://escoladaajuris.org.br/2023/06/palestra-de-nadia-murad-um-relato-da-crueldade-que-guerras-causam-aos-direitos-humanos/ ↩︎